Em nota oficial, os advogados da deputada foragida afirmaram que o monitoramento dela pode configurar “intervenção indevida” ou “violação da soberania italiana”.
A CNN noticiou que a Polícia Federal tem a informação sobre o endereço de Zambelli na Itália, apesar de o governo italiano ter salientado que não sabe o paradeiro da parlamentar.
“Diante desse cenário, a defesa comunicará imediatamente às autoridades italianas os fatos noticiados pela imprensa brasileira, a fim de que sejam apuradas eventuais condutas que possam configurar intervenção indevida, espionagem ou violação da soberania italiana”, ressaltou.
O documento é assinado pelos dois advogados de Zambelli: o brasileiro Fabio Pagnozzi e o italiano Pieremilio Sammarco. Os dois ressaltam que Zambelli é cidadã italiana, “gozando de todos os direitos garantidos por seu país”.
Eles afirmam ainda que estão em contato com a Câmara dos Deputados para, no momento oportuno, apresentar a defesa escrita e indicar provas no processo de perda de mandato da parlamentar.
“A defesa informa que requereu o à ordem de prisão no Brasil, bem como a todas as comunicações enviadas ao governo italiano sobre eventual pedido de extradição”, ressaltou.
A nota ainda ressalta que confia plenamente na autonomia e soberania tanto da Câmara dos Deputados quanto do governo italiano.
“Estamos certos de que, após criteriosa análise dos argumentos apresentados, serão proferidas decisões favoráveis à deputada federal Carla Zambelli, em respeito ao devido processo legal”, finalizou.
A parlamentar licenciada teve seu nome incluído na lista de procurados da Interpol e está foragida na Itália após ter sido condenada pela Suprema Corte do Brasil por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).