Os serviços de emergência ainda estão atualizando o número de feridos, as buscas e avaliações dos danos também estão em andamento. Há registros de quedas de mísseis ou destroços de interceptadores em Tel Aviv, incluindo áreas próximas ao Ministério da Defesa.
A população israelense foi orientada a permanecer em abrigos e quartos protegidos por mais de uma hora, aguardando o anúncio da Defesa Civil de que não há mais perigo. O exército israelense solicitou que não sejam divulgados os locais exatos das quedas para evitar auxiliar na precisão dos ataques iranianos.
Autoridades iranianas declararam que se trata de uma guerra e que os ataques continuarão. Por outro lado, fontes israelenses na imprensa local indicam a possibilidade de uma resposta ainda mais forte por parte de Israel, incluindo potenciais ataques a usinas e instalações petrolíferas dentro do Irã.
Israel afirma que seus ataques anteriores no Irã visaram centros de desenvolvimento nuclear, principalmente em Isfahan e Natanz, além de alvejarem líderes e comandantes militares iranianos em Teerã. Embora não haja informações confirmadas de novos ataques israelenses contra o Irã, há promessas de retaliação aos ataques iranianos.
O correspondente da CNN relatou que, durante a transmissão, pôde ouvir novamente sirenes soando e explosões das interceptações ou quedas de mísseis iranianos dentro de Israel. O exército israelense ainda não confirmou se bases militares foram atingidas durante os ataques.
Israel escolheu atacar o Irã neste momento porque entendeu que o regime dos aiatolás está mais vulnerável do que nunca — e que a oportunidade para agir estava se esgotando.
O cálculo israelense considerou fatores internos e externos que colocaram o regime dos aiatolás em uma posição de fragilidade inédita.
Além disso, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu decidiu agir antes que negociações entre Irã e Estados Unidos pudessem de fato levar a um acordo para suspender a criação de uma bomba atômica iraniana.
Para o governo israelense, esta era uma oportunidade de ouro para deter o desenvolvimento do programa nuclear do país rival com menor risco de retaliação coordenada por Teerã e pelas milícias apoiadas pelo regime no Oriente Médio.
Nos últimos meses, todos os principais aliados dos iranianos na região sofreram derrotas sucessivas em confrontos com Israel — que contou com o apoio, inclusive militar, das principais potências ocidentais em suas guerras.
Esses aliados eram considerados chave para pressionar Israel e agir como primeira linha de frente na defesa do Irã, mas estão todos nas cordas neste momento.